O ENSINO DO FUTURO

O que você pensa quando ouve falar em “ensino do futuro”?

Peço você aparar por alguns momentos antes de continuar a ler o texto e escrever em algum lugar suas ideias sobre o assunto.

A maioria das pessoas quando pensam no ensino do futuro pensam em aulas sem cadernos ou livros, uso de cadernos deixará de ser necessário, porque tudo será digitalizado e a única ferramenta de estudo serão os computadores, telefones, celulares e tablets. Concordo com essas ideias, mas a educação vai além da implementação de tecnologias.

Convido você a observar atentamente as duas imagens abaixo:

Fonte: Arquivo Publico do Estado de são Paulo – Internet                                                       Google.com

 Além de uma das fotografias serem em tons de cinza e a outra colorida e do fato de que na da esquerda ser uma sala somente com meninos e a da direita uma turma mista, qual a diferença entre elas? Aparentemente nenhuma. Alunos passivos, sentados enquanto um professor lê o conteúdo.

E é exatamente assim, a educação atual comparada à educação de 1900 (aproximadamente o ano da foto da esquerda) não mudou praticamente nada, pelo menos em termos de ambiente e metodologia educacional, salvo raras exceções.

No meu ponto de vista, apesar das inúmeras teorias educacionais, comportamentais e pedagógicas que foram presenteadas ao mundo por estudiosos como Vigotsky, Piaget, Gardner e tantos outros o que se observa é um discurso publicitário em “como somos diferentes” em nossa escola porem na prática é entregue mais do mesmo.

Ainda ensinamos e somos ensinados como antes, as crianças estão sendo educadas da mesma forma que foram educados seus avós e os avós de seus avós. É um absurdo motivar crianças e adolescentes com o velho paradigma da educação. Os professores de hoje devem estar preocupados com ensinar as pessoas a serem mais criativos, que é onde eu acho que se encontra o ensino do futuro. Considero que nas escolas e instituições de ensino o talento está sendo desperdiçado, temos que entender que a criatividade é tão importante quanto aprender a ler.

Todos os sistemas educacionais no mundo têm a mesma hierarquia curricular, no mais alto a matemática e línguas, em seguida, as humanidades e, finalmente, as artes. Eu nunca soube de uma escola que ensine a dança ou a lógica com a mesma intensidade com que a matemática é ensinada. Talvez você nunca tenha pensado nisso, certo? Bem, essa é a realidade em que vivemos hoje e parece estar a anos-luz da mudança.

Além de inovar tecnologicamente, a educação deve inovar metodologicamente, o ensino do futuro depende desta mudança. Juntamente com ter o mundo na ponta dos dedos com um clique, é essencial saber o que inspira os alunos, o que capta a sua atenção, saber quem ele é, quais são as atividades que o motivam, o que os atrai, qual a metodologia de estudo o ajudaria a ser mais criativo. Pensar sobre o que vai ajudar a desenvolver melhor as habilidades e talentos fara grande diferença na formação profissional e pessoal dos alunos.

É decepcionante ver que a educação dos dias atuais afasta muitas pessoas de seus talentos naturais, afasta as pessoas da sua vocação, de sua paixão.

O sistema de ensino tem a obrigação, por intermédio da aprendizagem social e emocional, fomentar a educação personalizada, o qual incentive a criatividade. Não podemos negar que a humanidade depende da diversidade de talentos, por isso, a educação deve investir nisso.

A inteligência, o talento, a forma de ser e o modo de aprender são  únicos, próprios de cada ser humano. O grande passo para favorecer que o ensino do futuro comece a se tornar realidade nos dias atuais é tentar motivar os nossos filhos e alunos para serem criativos, inventivos, motivados e engajados no processo de crescimento pessoal e profissional. Devemos repensar com seriedade como estamos educando nossos filhos? E como estão educando nossos filhos?

 

Produzido por: DEFII ATELIE DE SOFTWARE

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